sábado, 4 de dezembro de 2010

ANGÚSTIA VIRIL

Permitam não desculpar-me por voltar a falar de uma profunda desordem de nossos infelizes tempos: a dominação, na esfera pública, da mulher sobre o homem. Que a mulher – a mãe – deva ser rainha no lar, e sobre as coisas do lar, nada mais normal. Quando, porém, exerce seu domínio no mundo público, sinal é de que algo bastante errado se passa com os varões: não estão eles dando, às mulheres, nem guia, nem direção em relação a Deus; e com isso elas reagem instintivamente, como é próprio de sua natureza.
Um jovem inteligente, de terras distantes, relembrou-me o problema. Observa ele à sua volta que há muito mais publicações para mulheres do que para homens; que, nas escolas de ensino misto, as moças, sendo mais dóceis e diligentes, regularmente tiram melhores notas que os rapazes, os quais, em geral, são desordenados e desaplicados. Meu jovem amigo pergunta: será a coeducação realmente uma boa idéia?
Observa ele que tudo isso resulta em maior sucesso das moças na escola, e em sua ascensão como o novo “sexo forte”, que manipula o novo “sexo frágil”, e o põe à mercê de sua beleza. Em todos os domínios da emergente “civilização da mulher”, as mulheres tomam as posições de liderança. Mesmo para se ter filhos, laboratórios podem fazê-los sem homens, que nada mais significam. Os homens são um fracasso. Meu jovem amigo conclui com as angustiantes questões: “Quais as regras para ser verdadeiramente homem? Qual o sentido da virilidade? Qual deve ser a diferença entre a força masculina e a força feminina? Qual é verdadeiramente a “mulher forte”? E o homem forte?”
Meu querido e jovem amigo, você nasceu num mundo Revolucionário que desafia Deus, e que portanto busca demolir a natureza e a ordem natural das coisas como Deus as criou. O projeto fundamental de Deus é este: criou homem e mulher com naturezas profundamente complementares, para que se casassem, se disseminassem sobre toda a terra, e com isso povoassem o Céu. Para a mulher deu superior sensibilidade, a fim de ser o coração do lar, ter filhos e deles cuidar. Para o homem deu superior razão, a fim de ser a cabeça do lar, e assim guiar a família inteira para o Céu. Ela foi criada para a vida doméstica, na família. Ele, para a vida pública, na sociedade.
Portanto, quanto mais devem a mulher e a mãe ser escutadas e consideradas nas questões de família, para que foram feitas (leia Provérbios XXXI, para ver na descrição do próprio Deus o que seja a verdadeira “mulher forte”), menos devem elas ser vistas e escutadas nos negócios públicos, para que não foram feitas. O problema atual é que os ímpios e frouxos varões deixam a liderança vaga, pelo que as mulheres sentem-se obrigadas a preenchê-la, muito embora a relutância das boas mulheres. Meu querido e jovem amigo, reze quotidianamente quinze Mistérios do Santo Rosário da Mãe de Deus, formadora de verdadeiros varões. Encha-se de Deus, de Deus e de Deus, e assim será capaz de dar às mulheres os três “eles” [Nota da Tradução: substantivo plural designativo da letra “l”, “ele”. Atente-se que cada verbo do original inglês inicia-se com a letra “ele”, como sublinhado a seguir.] de que elas absolutamente precisam: ser ouvidas [N.T.: no original, to be listened.], ser amadas [N.T.: no original, to be loved.] e ser guiadas [N.T.: no original, to be led.]. Sem Deus, tê-las-á pisando sobre você.
Falo com a maior seriedade sobre os quinze Mistérios diários. Não menos é necessário.
Kyrie eleison.

Fonte: http://tradicaocatolicaes.wordpress.com/comentarios-eleison/

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