segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Presente feito a mão.






Fiz esta bolsinha e esta bonequinha para presentear uma amiguinha muito querida.

Ficou meio feinho no pescoço porque eu não soube fechar direito. Mas nas próximas que eu fizer vou melhorar.


Lucie.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lembrança de Criança


Deus em sua grande bondade nos concede lembrarmos nós das coisas pelas quais passamos para que nisto reconheçamos também a sua bondade. Ter memória é realmente necessário para lembrar-se dos mandamentos e de tudo que estudamos para exercer bem nossas obrigações de cristão.
 Deus nos concede a memória para que nela guardemos tudo que se passa em nossa vida e que tenha algum valor.
 Desta forma é que nos lembramos das coisas mais insignificantes e longínquas. De um episódio da infância, de uma surra que levamos, dos conselhos dos avôs, dos irmãos que nasciam e que esperávamos com grande alegria e com uma pontinha de ciúmes. Da boneca que cortamos os cabelos, das primeiras pedaladas de bicicleta, das goiabeiras, do cachorrinho e dos amigos.
 Também ocorre lembrarmo-nos de coisas mais tristes como a morte de um parente próximo, das brigas de nossos pais, ou de qualquer outro fato que de algum modo nos marcou.

 Eu, de modo particular me lembro de muitas coisas da infância.
 Lembro-me de quando tinha apenas três aninhos e que brincando com um ímã e alguns preguinhos que se levantavam quando os colocava perto do ímã bati com força em um deles porque queria que parassem de levantar, e furei com certa gravidade a palma da mão. Lembro que tive que ficar vários dias com a mão direita enfaixada e que doía muito, mas graças a Deus nenhuma seqüela me restou de tão infantil acidente.
 Também outra vez me aconteceu de estar fugindo de um cachorro e subir em um muro não tão alto, mas alto o bastante para mim que tinha apenas cinco anos, e de cair dele com o queixo no chão. Não quebrei nenhum osso, mas tive que passar por uma cirurgia que me custou vários gritos ecoando pelo hospital.
 E ainda de muitas outras coisas me lembro. Tive uma infância muito rica e saudável, pois vivia em uma chácara que me permitia a mim e a meu irmão mais velho corrermos pelos campos em meio a galinhas e patos, vacas e cavalos. A televisão era pouco freqüentada, e assistíamos apenas durante a noite e quando chovia, porque nos era impossível brincar fora de casa.

 E de tudo brincávamos. Pega-pega, esconde-esconde, cabra-cega, polícia-ladrão, de corda, de bicicleta, de subir em árvores, de bola...com quanta saudade me lembro deste tempo tão feliz da minha vida...Brincávamos de tudo, menos das brincadeiras apenas de menina. Meu irmão era mais velho e nunca se sujeitou às minhas vontades. Brincávamos de tudo, menos de boneca ou de casinha. Eu me sujeitava a todas as brincadeiras que ele sugerisse, por mais de menino que pudesse parecer e ele nenhuma vez cedeu às minhas súplicas para brincarmos de casinha. Já estava eu a sujeitar minha vontade a de um homem, costume que sempre me rondou desde muito pequena.

 Lembro-me de meu pai que passava o dia nas lidas da terra e do gado. Sempre estava ele com algum trabalho, aparentemente pesado, que realizava sempre muito quieto, assobiando de vez em quando alguma canção que eu não conhecia e “pitando” seu cigarro de palha quase que o dia todo.
 Lembro-me de minha mãe que saía todos os dias para trabalhar e voltava tarde do serviço. Eu ficava ansiosa à sua espera, olhando sempre para o portão esperando ver quando ela chegasse. Mas quando chegava sempre tinha afazeres domésticos e pouco era o tempo que deveras passava comigo e com o meu irmão.
 Queria me lembrar mais de minha mãe na minha infância. Queria me lembrar de seu rosto feliz enquanto cozinhava, queria que tivesse tido tempo para me ensinar coisas novas, queria ter ficado mais em sua companhia. Mas ela sempre foi obrigada a sair e ajudar meu pai no sustento do lar. Certamente que não era escolha sua, mas a isso teve de submeter seu tempo precioso, tempo este que era nosso, meu e de meu irmão.

 Queria me lembrar mais, queria ter aprendido mais, queria mais a companhia da minha querida mãe. Mas não nos é permitido sermos saudosistas à toa. Não se pode ter saudades do que não existiu.
 Devo sim agradecer a infância que Nosso Senhor  me proporcionou, a mim e a meu irmão. Fomos de certa forma protegidos do mundo e escondidos de todos os males que uma vida menos privada proporciona. Vivíamos em uma zona rural e lá é que construímos o nosso mundinho. Saíamos apenas para ir à escola e para visitar a família. Era nosso refúgio. Nosso esconderijo.
 Queira Deus que também eu possa proporcionar aos meus filhinhos esta vida doce de criança, onde reinam as cantigas de roda e as brincadeiras festivas. Que também eu saiba esconder e defender meus pequenos das máximas mundanas. Que eu possa sempre estar com eles em casa como uma sentinela que nunca abandona o seu posto.
 Que Deus me ajude!
 In Cor Jesu et Mariae,
 Lucie.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Coisa de Brechó.

 Vejam algumas dicas que encontrei em um brechó online.



























 Nem todos são modestos, nem todos são bonitos. Mas nos brechós podemos nos vestir bem e com pouco dinheiro.
 Além do quê, tem esse ar vintage nas peças que é irresistível.

 O link é esse: joliebrecho.blogspot.com (Neste brechó nem todas as peças são modestas).

 In Cor Jesu et Mariae.

 Lucie.

domingo, 16 de outubro de 2011

No Silêncio da Minha Solteirice.


 Não pretendo de maneira alguma formar juízo sobre a solteirice em geral, mas tão somente comentar sobre o silêncio que ronda a minha.
 Sou solteira desde sempre. É este o meu estado atual perante Deus, perante os homens e talvez assim seja ainda por algum pouco de tempo. Não devo reclamar do estado em que me encontro, pois seria injustiça para com Deus que me concede neste momento muitas graças. E bem verdade é que todas as mulheres devem experimentar este estado de vida antes de selarem perante Deus a união sacramental, ou então de se darem a Ele como esposas na vida religiosa. Se eu sou ainda solteira é porque Deus assim o quer, e devo me conformar com paciência.
 Seria hipocrisia dizer que não me anseia grandemente a espera por ser mãe e esposa. Sim, espero ansiosa pelo dia em que receberei o grande sacramento e darei a Nosso Senhor todos os filhos que Ele me der.
 Mais do que apenas um tempo de espera a solteirice deve ser um tempo de preparo. Assim como um bom profissional se prepara com anos de estudos para exercer bem sua profissão, assim também nós devemos nos preparar cuidadosamente para cumprir com excelência a nossa finalidade sobre a terra.
 Um bom cristão sabe para que lhe foi dado esse tempo aqui na terra: Amar a Deus e ganhar a salvação eterna, e faz muito mal quem mesmo sabendo disso desvirtua a finalidade desta tão curta vida. Como bem fala o autor da Imitação de Cristo “compara o fim para que te foi dado esta vida com o uso que dela fazes, acaso sabe se te será concedido um minuto a mais?”. Fazer bom uso da vida é obrigação dos que buscam com sinceridade a vida eterna, e não se pode dizer outra coisa do tempo que nos foi dado como solteiras.
 Talvez as leitoras solteiras concordem, e as casadas se lembrem, ou quem sabe estas coisas que estou a relatar apenas digam respeito a mim. Mas penso que não, penso que todas alguma vez experimentaram silencio tão doce e próprio de nosso estado.
 Sinto-me deixada de lado, como se ninguém fizesse questão dos meus serviços. Nenhuma voz me chama, nenhuma criança quer de mim a atenção que um filho requer. Não há barulhos pela casa, nem chorinhos durante a noite. Nenhuma preocupação relevante, nenhuma educação deixada aos meus cuidados. Nada que me tire o sono.
 Um silêncio tal que sempre me tenta a preencher com barulhos do dia a dia, com afazeres nem sempre necessários, com leituras nem sempre importantes, com conversas nem sempre relevantes, deixando assim escapar o tempo que Deus me dá para bem preparar-me como mãe.

 Devemos fugir dos barulhos que atrapalham o nosso doce silêncio. Das festas barulhentas e perigosas, das conversas impróprias, dos conselhos vãos, das músicas ruins. O silêncio que protege a solteirice pode ser comparado ao silêncio dos monges, um silêncio voltado para Deus e para as coisas de Deus. Um olhar para as coisas criadas, para as distrações lícitas com afetuoso gosto em tê-las e em sabê-las.
 Não nos é possível fugir das obrigações do dia a dia, mas é bom que realizemos todos os nossos afazeres com os olhos em Deus, sempre recitando alguma jaculatória,ou dizendo um simples “Eu Vos amo muito meu Senhor e Vos quero servir sempre”.
 Peço a Deus que me dê discernimento para bem aproveitar este tempo, não apenas aprendendo tudo o que é conveniente uma mãe saber, mas também crescer dia após dia nas virtudes e no conhecimento da sã doutrina, de modo que eu seja para meus filhos um bom exemplo.
 Que eu saiba ensinar aos meus pequenos todas as Verdades eternas e a sã Doutrina deixada por Nosso Senhor, e com exemplos eu saiba mostrar a paciência, a docilidade, a modéstia, a humildade, o espírito de pobreza, o respeito pelo próximo, e todos os valores cristãos, e mais do que isso, quero ensinar aos meus filhinhos o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo e à Igreja, o amor a Nossa Santa Mãezinha e aos Santos.
 Que Deus me ajude a me preparar da melhor forma possível, porque de mim mesma eu nada posso, sozinha eu nada consigo. Que Nosso Senhor me ajude a ser uma boa mãe para os meus pequenos e que a Virgem Santíssima seja a minha companhia nesta jornada.
 Enquanto ainda temos o silêncio da solteirice, façamos, pois, bom uso dele. Leiamos bons livros, aprendamos as prendas necessárias a uma dona de casa, acumulemos virtudes, rezemos muito para que Deus nos conceda muitos filhos e nos dê forças para bem cuidar deles.
 A solteirice passa, mas convém mantermos o seu silêncio. O silêncio que sempre nos faz lembrar os nossos novíssimos. O silêncio da oração e dos exercícios de piedade. O silêncio da humildade e da modéstia. O silêncio que evita brigas. O silêncio que edifica.
 Que Nossa Senhora, que sempre foi exemplo de silêncio, nos ensine o Seu edificante silêncio. Saibamos imitá-la quando for necessário falar e quando for necessário calar.
 Que o silêncio que nos ronda seja mais que apenas falta de barulho, seja como que uma espessa neblina que nos vela do mundo e nos protege das vaidades. Que o nosso silêncio seja visto e apreciado como coisa boa, como coisa virtuosa. Sejamos nós exemplo de sobriedade silenciosa.
 No silêncio da minha solteirice é que descansam o grande desejo de ser mãe e as retas intenções cristãs.
 In Cor Jesu et Mariae,
 Lucie.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sapatinhos de Madame.

 Devemos andar bem vestidas e bem adornadas, sem esquecer da modéstia.
 Devemos andar femininas para ressaltar nossa natureza.
 Mas ando achando tão bonitinhos os sapatos de cores diferentes, como azul marinho e verde.

 Tem que tomar cuidado com a combinação para que a cor do sapato não deixe o look todo ridículo.





 In Cor Jesu et Mariae.

 Lucie.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cachos meus...


 Cachos meus, onde foi que vos arrumei?
 Na cabeça de minha avó talvez...Uma avó que aqui não mais está, mas que deixou seus cachos na minha cabeça.


  Um penteado bonito e discreto é o que eu queria...Pois meus cachos nem sempre me querem bem.

 Um jeito de arrumar bem meus cachos...cachos algumas vezes malvados, rs.


 Cachos meus...não sejam assim malcomportados


...dar-vos-ei a sentença final: ou se comportam ou trançar-vos-ei!

 Ou então, pior seria, amarrar-vos-ia...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Minha Mãezinha...


 Doce Senhora minha, quanta alegria existe no coração de um filho Vosso. Pois se há no mundo muitos filhos abandonados por suas mães, nenhum há abandonado por Vós. Sois Senhora Nossa, a Virgem Prudentíssima que cuida de todos os filhos que tens.

 Mãe Amável, quanta doçura existe nos Vossos olhos admiráveis. Que amabilidade na Vossa face Santa. Minha Rainha, Minha Mãezinha, Minha Doce Senhora, que alegria em possuir-Te.

 Senhora do Bom Conselho, examinai os meus pensamentos para que não se desviem da Lei e da vontade de Vosso Filho. Mãe minha, aconselhai-me para que eu não me perca pelos caminhos tortuosos. Para que meus pés sempre saibam para onde estão indo e para que não tropecem pelas estradas.

 Pode existir maior alegria que a de possuir Mãe tão Amável e Boa?!! Ninguém pode se julgar verdadeiramente feliz se não conhece esta Mãe que foi dada a Nós pelo próprio Cristo.

 Um homem bom e honesto é sempre exigente na escolha da esposa, pois será ela a mãe de seus filhos. Se quer este homem que seus filhos sejam bem educados e tenham em casa bom exemplo tem que procurar a melhor esposa. Nosso Senhor Jesus Cristo escolheu a Cheia de Graça por Sua Mãe, e depois no-La deu por Mãe, não por causa dos nossos méritos que são nulos, mas por causa do enorme amor que nos tem. Nos deu a Mãe por excelência!


 Esta Mãe, que teve o Imaculado Coração dilacerado de dor diante da Crucificação de Seu Filho tão amado, merece que nós nos compadeçamos dEla. Pensemos em como sofreu esta Nossa Mãe no mais profundo de sua alma. Uma espada de dor Lhe atravessou a alma.

 E mesmo sendo tão Boa, tão Amável, tão Doce, e tendo sofrido tanto à vista da morte do Filho Amado por causa dos nossos pecados, mesmo assim ainda A ofendem. Os homens não lhA querem por Mãe e A ofendem muito. Seu Corção Imaculado está muito ferido por causa das ofensas dos homens e temos o dever de consolar o Coração de Nossa Mãezinha.

 Acaso sois tão mal filho que nada sentes quando tua mãe chora? Sim, esta mãe da terra que te deu à luz, não a ama? Pois se a ama decerto que impede que ela se aborreça contigo não?! Evitais tudo que a desgosta e fazes de tudo para que se alegre, não é mesmo?! Uma palavra doce, um gesto de carinho alegrará enormemente a sua mãe.

 E pensando deste modo, no amor que temos a nossa mãe natural e em como ela nos ama também, nos faz pensar em Nossa querida Mãe do Céu.


 Queria eu poder consolá-La. Queria saber fazer bem minhas orações para que Ela se alegrasse. Queria que Minha Mãezinha não chorasse...quem é que se alegra de ver sua tão amada Mãe chorando?! Queria muito não ter ofendido tantas vezes a Doce Senhora com os pecados da vida passada...ah como me arrependo de ter feito a Rainha chorar...perdoa-me Maezinha Minha.

   Penso então no sorriso da Virgem, no sorriso que esboça quando fazemos a vontade de Seu Filho, e nas lágrimas que derrama quando O ofendemos.

 Como eu queria evitar as lágrimas de minha Mãe...Como eu queria que todos se compadecessem dEla e não mais ofendessem o Seu Imaculado Coração...

 Doce Senhora Minha, quem sou para dirigir a Vós as minha palavras?! Que valor possuo diante de Vossa enorme santidade?! Nada sou para que a Senhora inteceda por mim e se proponha a ser minha Advogada...

 Me ajuda Virgem Santa para alegrar o Vosso Coração, e a ser digna de Vós. Ajuda-me a caminhar no caminho da salvação, porque de mim mesma não tenho forças. Sem Vós me condenaria certamente.

 Ajuda-me!