quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Onde estão as minhas prendas?



 As mulheres de antigamente eram educadas para o casamento e para a vida em família, e por causa disto possuíam muitas prendas. Sabiam costurar, bordar, pintar, tocar algum instrumento e cozinhar excelentemente. Infelizmente, o cenário que vemos hoje é bem diferente.

 Hoje em dia o que é exaltado nas moças são as suas qualidades físicas, e as verdadeiras qualidades são deixadas de lado. O que realmente importa nas meninas - o caráter - é substituído por um bonito rostinho. As meninas não aprendem de suas mães o que é necessário para cumprir sua finalidade, aliás nem a sua finalidade elas aprendem.

 O que tem de valoroso em uma mulher em nossos dias são os seus estudos, suas experiências, seus títulos, seu trabalho. A mulher moderna é "feliz" apenas quando é bem sucedida, e nenhum valor tem saber cozinhar, costurar, bordar ou pintar. Estas prendas são antiquadas demais aos olhos da mulher de carreira, e riem de quem dá valor a tais coisas. 

 É triste ver as meninas de nossos dias. Elas não aprendem nada para ocupar o tempo de menina. Só sabem andar na rua com suas coleguinhas, conversar e passear. Gostam do Jantin Bieber e do Restart; seguem as modinhas da escola e amam ver TV. Nada de livros, nada de boa música, nada de bordado ou costura, nada de instrumentos. Estas coisas são bobagens, frescuras para elas.

 Mesmo as famílias pobres se preocupavam de bem preparar as suas filhas para o casamento. Uma moça prendada valia mais que uma moça bonita. As meninas eram cuidadas como se fossem lírios delicados e frágeis que precisavam de proteção, e que eram preparados para serem um dia colhidos.

 Tais coisas ficaram no passado. Poucas são as mães que se preocupam em ensinar alguma prenda às suas filhas. 

 Eu, infelizmente sou uma destas meninas que cresceram e ficaram privadas das prendas necessárias a uma mulher. Sei cozinhar um pouco, bordar (aprendi depois de adulta) e fazer crochê, também aprendido depois de adulta. Mas ainda fiquei sem saber costurar, sem saber tricô e sem saber pintar; espero ainda poder aprender estas coisas para ensinar às minhas filhinhas.

 Por enquanto, fico eu cá procurando pelas prendas que deveria ter...

 In Cor Jesu et Mariae,

 Lucie.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Coisa de Interior - Parte II


 O interior é assim: pequeno, quieto, pacato e simples. Tem sempre uma praça na frente de uma igrejinha antiga, onde os velhinhos se sentam para "prosearem", e as mamães levam seus filhinhos para andarem de bici. E têm sempre barraquinhas de bolinho de frango e caldo de cana à disposição de quem tiver fome; além dos vendedores de algodão doce e dos velhinhos que levam as crianças para passearem de carrinho. Tudo simples! Tudo mimoso!

 Devo confessar que em nenhum lugar (Interior ou Capital), se encontra apenas vantagens ou desvantagens. Na capital encontramos coisas que em nenhum lugar se encontra,como grandes lojas, grandes parques, boas escolas e boas Universidades, museus, teatros e opções culturais as mais variadas possíveis. Isto eu não posso negar! Mas se a capital oferece tais "confortos", deixa a desejar em muitos outros aspectos, que são por vezes frutos da própria grandeza da cidade. Quanto maior a cidade, maior o trânsito, maior a poluição, maior a violência. 

 Talvez eu esteja errada. Talvez o que deixe a cidade cheia de problemas não seja o número de pessoas, e sim a falta de estrutura. Mas acredito que milhões de pessoas transitando por um mesmo lugar e vivendo perto umas das outras tenham sim sua parcela de culpa no turbilhão que encontramos nas metrópoles. São Paulo por exemplo tem milhões de habitantes que quase que se afogam no meio uns dos outros. Os amigos paulistanos que me perdoem, mas é de uma indignidade horrenda andar de metrô em horário de pico. Eu não me acostumo!

 No interior não temos grandes lojas, grandes universidades, grandes parques ou grandes eventos culturais; aliás nem pequenos eventos culturais, o que é uma pena, é claro! Mas temos o que é impagável: o sossego e a tranquilidade tão necessários para bem viver. Aqui não tem congestionamento nem ônibus lotado. As pessoas são amáveis e gentis. Todo mundo conhece todo mundo: o motorista de ônibus, o açougueiro, o vereador, o médico, etc...A vida aqui é tão tranquila que às vezes, mas só às vezes, chega a ser monótona.

 Aqui na minha cidade temos a feira de domingo, a festa do milho, a festa do Divino Espírito Santo. Infelizmentes tais festas, com cunho religioso, não guarda a religiosidade de outrora. Itapetininga perdeu sua raiz católica nos seus 240 anos. Mas algumas igrejinhas ainda guardam o estilo antigo e o mesmo altar da missa de sempre. Os mais velhos ainda são católicos e ainda guardam algumas tradições, como por exemplo se reunirem na igreja para rezarem o terço.

 Muitas das boas características do interior se perderam por entre os anos. O modernismo e o liberalismo conseguiram nos encontrar aqui nas nossas terrinhas. E mesmo a menor das cidades foi atingida pelos erros que hoje assolam a nossa vida. Também aqui chegou a nudez, chegou a decadência da moral, não no mesmo grau que atinge as grandes cidades, mas chegou. O que é muito triste!

 O que me parece, é que o interior era muito melhor de se viver quando as pessoas eram melhores. E que o nosso interiorzinho era mais interiorano do que nunca no tempo de nossos avós.

 Mesmo com todos os defeitos de minha cidade, eu gosto muito de aqui viver...

 In Cor Jesu et Mariae,

 Lucie.




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nota de Falecimento

 Minha avó faleceu esta manhã.

 Depois de dois anos respirando com a ajuda de cilindros de oxigênio, ela morreu de uma parada cardiorespiratória. Todos os 10 filhos, netos, e bisnetos a velaram durante o dia e alguns ainda ficarão durante a noite, amanhã bem cedo será o enterro.

 No meio dos choros eu só conseguia pensar que minha avózinha estava finalmente livre de todas as dores e sofrimentos e que entraria, por fim, na vida eterna.

 Que Nossa Senhora seja o consolo dos filhos que aqui ficam...

 In Cor Jesu et Mariae.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Que dor eu estou a sentir...


 É difícil não chorar quando a morte vem nos tirar alguém muito amado. Quão doloroso é pensar que alguém que tanto amo está agora em uma cama de hospital, em coma induzido entre a vida e a morte. Minha avózinha está neste estado, e todos da minha família se preparam para o pior.

 Minha avó foi mãe de 13 filhos, católica desde sempre e muito devota de Nossa Senhora. Teve  a infelicidade de deixar a Santa Igreja e tornar-se protestante já bem velha. Acredito eu que este ato foi fruto de uma completa ignorância, e que em seu coração sempre guardou os preceitos católicos e alguma noção da doutrina, mesmo que breves lembranças da infância. Criou como pode os filhos, e embora levasse vida humilde e pobre sempre os educou muito bem, tanto que todos viraram ótimos pais de família.

 Quando minha mãe estava grávida, o médico constatou que era uma gravidez de risco e que eu ou minha mãe poderíamos morrer. Minha avó, na época muito devota de Nossa Senhora de Aparecida, pediu à Virgem que cuidasse de mim, e prometeu que eu levaria o nome de Nossa Santa Mãe - Aparecida - se nada acontecesse a mim e à minha mãe. Minha mãe era protestante nesta ocasião, mas mesmo assim concordou em me chamar Aparecida.

 Agora que minha tão querida avó está neste estado, entre a vida e a morte, eu me lembro disto, do fato de ela ter pedido à Virgem pela minha vida, e rezo por ela. Rezo com confiança em sua salvação, e com a certeza da intercessão de Nossa Senhora. Minha avó pediu pela minha vida, e eu peço pela sua vida eterna. Peço que seu sofrimento acabe, e que ela vá para junto de Deus e da Senhora Nossa.

 Mesmo para nós, que temos esperança na vida eterna e na Misericórdia Divina, é difícil se deparar com a morte. Todos nós, um dia, haveremos de enterrar alguém muito amado, e isso é doloroso, ainda que saibamos a verdade sobre a morte.

 Outro dia eu ensinava às minhas irmãs sobre a morte, de que não devemos temê-la e devemos estar sempre preparados para ela. Elas choraram quando falei que um dia iríamos enterrar os nossos pais, eu as consolei e as exaltei a sempre rezar para que a morte não nos pegasse de surpresa, para que sempre vigiássemos quanto a isso. A morte entristece, mas com o tempo a tristeza passa.

 Devemos pedir a Deus que nos dê força para suportar a perda dos nossos. Devemos pedir que nos dê aquela santa confiança que levou Santa Terezinha a pedir a morte de sua mãe, e fazer coro com ela: "queria que morresse para que fosse logo para o céu". Devemos amar a alma dos nossos parentes e amigos antes de amar-lhes a vida, assim poderemos querer que vivam, mas que vivam para Deus e não para nós.

 Meu coração está bastante triste, mas ao mesmo tempo muito confiante. Confio em Nosso Senhor e na intercessão da Virgem Santíssima. Sei que esta tristeza irá passar e que minha avózinha estará logo na bem-aventurança eterna, com todos os Santos e Anjos de Deus.

 O que fica, são as lembranças de uma avó sempre querida e amável com todos; de histórias do tempo antigo e de conversas que duravam até de madrugada. Dos almoços em família e dos cafés em volta dela. Minha avó era, sem dúvida o centro da família e o motivo de nos reunirmos. Era a mãe de todos! Eu sempre me lembrarei dela com muito amor e sempre a terei como exemplo.

 Peço encarecidamente que rezem por ela, seu nome é Justina Maria do Espírito Santo.

 Tenham todos uma boa semana!

 In Cor Jesu et Mariae,

 Lucie.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Coisa de Interior - Parte I


 Meu namorado vive me dizendo: "no interior não tem isso", "isso é coisa de interior". Para tudo que me diz respeito (por ser interiorana) ele insiste em ressaltar que eu sou assim ou assado por causa da minha origem. Eu não me ofendo, é lógico, muito pelo contrário, tenho muito orgulho de ser do interior, mais precisamente de uma cidadezinha pacata e desconhecida chamada Itapetininga.

 Mas de tanto o Sr. Souza me falar que sou do interior resolvi fazer estes posts sobre o interior e mais especificamente sobre a minha cidade. Primeiro para que conheçam um pouquinho de onde moro, e segundo para que saibam como é viver em cidade pequena, ou seja, viver no interior.

 Começo falando de uma característica culinária de minha cidade: um famoso (e delicioso) bolinho, o bolinho de frango.

 UMA RECEITA QUE FAZ SUCESSO HÁ MAIS DE 100 ANOS.

 Uma das iguarias mais conhecidas – e apreciadas – da Região, o bolinho de frango, alimento que está presente em quase todas as festas juninas, é um prato típico de Itapetininga e dificilmente é encontrado fora do Sudoeste Paulista.
“A receita do bolinho de frango tradicional tem mais de 100 anos”, a afirmação é de Cristóvão Deoclécio de Freitas, cuja família, natural do distrito de Gramadinho, inventou a receita do bolinho.
Segundo Cristóvão, que aprendeu a fazer bolinho com a mãe, seu pai, Odilon de Freitas, chegou no distrito na década de 30. “Nosso pai conheceu nossa mãe e resolveu comprar o bar da nossa avó, dona Cuta, que já fazia o bolinho”, disse Célia Deoclécio de Freitas, irmã de Cristóvão.
Os irmãos lembram que o bar costumava ficar lotado aos domingos, recebendo viajantes de todo lugar, já que a estrada passava bem na frente do estabelecimento, que ganhou ainda um posto de gasolina e um pequeno hotel.
Com o passar do tempo, os visitantes foram divulgando o saboroso bolinho por onde passavam e mais pessoas vinham até o distrito para saborear a iguaria. “Uma vez estava no Paraguai e um rapaz perguntou: como é que ta o bolinho de frango?”, contou Cristóvão. “Os argentinos que passavam por aqui levavam muitos bolinhos para saborear no caminho”, lembra Célia.
 E QUE VIROU PATRIMÔNIO CULTURAL DA CIDADE.
Em uma sessão tranqüila, numa noite de segunda-feira, os vereadores itapetininganos aprovaram projeto de lei, tornando o bolinho de frango – prato típico da cidade – em patrimônio cultural do município.
O autor do projeto afirmou ter sido procurado “por pessoas que sempre defendem a cultura do município e os interesses da terra”, para que fosse elaborado este projeto de lei. Ele destacou que a receita do bolinho foi criada “há muitos anos, no distrito de Gramadinho, pela família do senhor Odilon de Freitas e originou uma das mais tradicionais e típicas comidas do nosso município”. Foi lembrado ainda que o bolinho de frango, hoje difundido em vários estados brasileiros, é originário de Itapetininga “e mereceu que fosse decretado, através deste projeto de lei, que declara o bolinho patrimônio cultural do município”.
O vereador afirmou que o bolinho faz “parte da história de Itapetininga”, justificando sua iniciativa ao elaborar o projeto. Ele disse ainda que a tradicional iguaria é o prato principal das festas e quermesses realizadas no município.

 A RECEITA

INGREDIENTES: 
1k de farinha de milho em flocos 
1 peito de frango 
alho amassado 
sal a gosto 
1 limão
2 colheres de oleo
4 tabletes de cardo de frango
1 masso de cebolinha picadinha 
cheiro verde picadinho
3 colheres de polvilho azedo
agua p fazer o caldo 
oleo p fritar 

MODO DE PREPARO:

Tempere o peito de frango com alho , sal e limãô; em seguida
coloque o oleo em uma panela e aqueça , frite o peito de frango e
depois acrescente agua ate tampar o frango e em seguida coloque
tbm um poko da cebolinha e do cheiro verde . Depois que o frango
estiver cozido retire o frango e reserve . Ja no caldo q formou
voce acrescenta o caldo de carne e mais agua ate ter mais ou
menos 4 l de caldo  e deixa ferver bastante . Enquanto isso numa
tigela grande voce coloca a farinha d milho  e vai amassando a
farinha ate virar quase um pó  as vezes colocando um poquinho de
agua só pra umedecer levemente , depois coloca um pouco de sal  e
a cebolinha picadinha . 
Quando o caldo estiver fervendo vc vai acrescentando na farinha
ate virar uma pasta mole, e bem umida . Tem q deixar a massa
esfriar bem , quando esfriar bem ela tem q estar umida  ai vc
acrescenta o polvilho dissolvido em meio copo de agua e mexe bem
.  Deixa a massa descansa de um dia para o outro . Desfie o
frango  e tempere a seu gosto . Depois é so enrola o bolinho
recheando com o o frango  e em seguida fritar em oleo abundante e
bem quente ate dourar. 

Fontes:

http://shcaira.com.br/sma.html
http://www.interiorline.com.br/blog/2008/07/bolinho-de-frango-como-patrimonio-cultural-de-itapetininga/
http://receitas.maisvoce.globo.com/Receitas/Paes_Salgadinhos/0,,REC30659-7780-64+BOLINHO+DE+FRANGO+DE+ITAPETININGA,00.html
Lucie.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cardigã

 O cardigã é verdadeiramente uma peça-chave do guarda-roupa feminino. Pode ser usado com saia e vestido. É excelente na meia-estação; é muito feminino e delicado.

 Bastante inspiador!!!





 Salve Maria!